O Bitcoin é a principal moeda digital existente hoje no mundo. Ao contrário das moedas nacionais, ele não é emitido por um banco central de um país e não está atrelado à política econômica de um governo. Outra diferença crucial é que há um limite de emissão de Bitcoins: 21 milhões de BTC. A ideia de um limite total de moeda pode parecer estranha, certo? Então, quais consequências esse limite impõe? Os Bitcoins vão acabar? Leia nosso post e descubra as respostas para essas e outras perguntas! O que é o limite de 21 milhões de Bitcoins? O limite máximo de Bitcoins em circulação é de 21 milhões, número definido pelo algoritmo do Bitcoin. A moeda digital não é emitida por um banco central, mas sim minerada — um sistema de software decentralizado paga, a cada 10 minutos, um bloco de Bitcoins para quem resolver primeiro uma série de operações de criptografia, que exige uma enorme capacidade de processamento. Originalmente, cada bloco vinha com 50 Bitcoins. Desde 2012, o número de Bitcoins por bloco é reduzido pela metade a cada quatro anos. Hoje, cada bloco tem 12,5 Bitcoins. Portanto, o número total de Bitcoins em circulação, atualmente na casa dos 16 milhões, deverá crescer em um ritmo cada vez mais lento, como você pode ver neste gráfico. O último bitcoin deverá ser emitido em 2140. E a inflação? O lado bom disso é que é uma moeda com inflação controlada, já que há um limite máximo de moeda. Isso impede que os preços em Bitcoin subam indiscriminadamente — coisa que não acontece com reais ou dólares, por exemplo. Governos precisam manter a economia com uma inflação de cerca de 2% a.a., para forçar quem tem dinheiro a evitar a desvalorização e investir. Como o Bitcoin não está atrelado a governos ou bancos, ele não precisa ser usado para gerar inflação. Os bitcoins vão acabar? “21 milhões de Bitcoins não é muito pouco?”, você deve estar se perguntando. Você provavelmente chegou a essa questão tendo em mente valores em reais ou dólares — de fato, há muito mais do que 21 milhões de dólares ou de reais circulando por aí. A grande diferença está no fracionamento dos Bitcoins. A maioria das moedas nacionais é divisível por cem — menor fração de um real é um centavo, por exemplo. Cada Bitcoin, por outro lado, pode ser dividido por cem milhões. A menor fração do Bitcoin é chamada de Satoshi, em referência ao pseudônimo do criador da moeda, e vale 0,00000001 BTC. Isso significa que os 21 milhões de bitcoins do limite total poderão ser divididos entre muitas pessoas e empresas ­— ainda que muitos tenham apenas alguns Satoshis. Mesmo que a cotação de 1 BTC chegue a 1 milhão de dólares, ainda será possível fazer uma transação de um Satoshi, equivalente neste caso a um centavo de dólar. Então eu posso esperar para investir em Bitcoin? Mesmo que o fracionamento do Bitcoin garanta a disponibilidade da moeda no futuro, quem a procura como uma forma de investimento não precisa esperar tanto. Nem deve: desde o lançamento, em 2009, a cotação do Bitcoin em dólares subiu muito, indo de cerca de US$ 5 a mais de US$ 200 em quatro anos. Esta fase de rápida subida parece encerrada — desde 2014, a cotação oscila entre US$ 200 e US$ 1000 — mas ainda é possível obter bons retornos: em 2016, a moeda teve uma valorização de cerca de 85%. Encontrar um momento em que a cotação esteja abaixo da máxima histórica é essencial para garantir um bom negócio. Claro, este é um investimento de risco, como ações, fundos e bolsas de valores. A cotação do Bitcoin é bastante volátil, o que torna o retorno no curto prazo completamente imprevisível. Por isso, a aplicação com esse fim não é recomendada. Por outro lado, investimentos que têm como objetivo o rendimento em longo prazo podem ser interessantes para quem quer formar patrimônio ou agregar um ativo de alto risco à sua carteira de investimentos. Agora, você já sabe tudo sobre o limite de 21 milhões de BTC! Você já tem Bitcoins? Está pensando em investir? Compartilhe sua experiência na seção de comentários!