Soneto do Músculo No ímpeto do desejo de um corpo Que lhe é perfeito em ângulos e músculos, Zomba-o e puxa o ferro, o níquel, um mundo, Dos olhos que ao espelho escoltam esforço. Ao céu, todas pressões atmosféricas Sussurrando obrigações e indolências, Que sufocam o grito em veemência Da tênue adenosina trifosfática. Vocifera a dor e regozijo quando finda o exercício repetido: sorriso de canto, do êxito certeza. Humilde e heroico então ao trabalho Retorna; O halteres está parado: O homem sozinho levanta um planeta.