De uma maneira geral, a compressa feita com gelo é mais indicada em casos de traumatismo provocado por quedas ou pancadas. “A ação anestésica do gelo ajuda a evitar que o inchaço e o hematoma na região machucada fiquem muito grandes. Já a compressa quente deve ser usada numa segunda etapa, cerca de dois dias depois do trauma. Se for uma distensão muscular, aplica-se a compressa quente de cinco a sete dias depois de ocorrer a lesão. Ela ajuda a aumentar a circulação sangüínea na região afetada, diminuindo os riscos de uma inflamação”, afirma a fisioterapeuta Emília Nozawa, da Universidade de São Paulo (USP). Existe ainda uma terceira alternativa, muito usada nos tratamentos pós-imobilização e pós-cirurgia: o chamado contraste. “Depois que a pessoa retira o gesso, por exemplo, ou passa por uma cirurgia ortopédica, os membros – principalmente os inferiores – permanecem imóveis, o que causa uma circulação mais lenta. Por isso, é comum aplicar uma alternância de compressas quentes e frias, que acabam funcionando como uma bomba, estimulando a circulação de sangue na região”, diz o ortopedista Wagner Taffo Thomazin, também da USP.