executaria Seus propósitos de beneficência e amor


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DATE: July 16, 2017, 7:33 p.m.

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HITS: 1285

  1. Por que foi permitido o pecado? 9
  2. liberdade que Deus concedera a Suas criaturas. O pecado originouse
  3. com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais honrado por Deus,
  4. e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do Céu. Lúcifer,
  5. “filho da alva”, era o primeiro dos querubins cobridores, santo,
  6. incontaminado. Permanecia na presença do grande Criador, e os
  7. incessantes raios de glória que cercavam o eterno Deus, repousavam
  8. sobre ele. “Assim diz o Senhor Jeová: Tu és o aferidor da medida,
  9. cheio de sabedoria e perfeito em formosura. Estavas no Éden, jardim
  10. de Deus; toda a pedra preciosa era a tua cobertura. [...] Tu eras
  11. querubim ungido para proteger, e te estabeleci; no monte santo de
  12. Deus estavas, no meio das pedras afogueadas andavas. Perfeito eras
  13. nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se achou
  14. iniqüidade em ti”. Ezequiel 28:12-15.
  15. Pouco a pouco Lúcifer veio a condescender com o desejo de
  16. exaltação própria. Dizem as Escrituras: “Elevou-se o teu coração por
  17. causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu
  18. resplendor”. Ezequiel 28:17. “Tu dizias no teu coração: [...] acima
  19. das estrelas de Deus exaltarei o meu trono. [...] Serei semelhante ao
  20. Altíssimo”. Isaías 14:13, 14. Se bem que toda a sua glória proviesse
  21. de Deus, este poderoso anjo veio a considerá-la como pertencente
  22. a si próprio. Não contente com sua posição, embora fosse mais
  23. honrado do que a hoste celestial, arriscou-se a cobiçar a homenagem
  24. devida unicamente ao Criador. Em vez de procurar fazer com que [10]
  25. Deus fosse o alvo supremo das afeições e fidelidade de todos os seres
  26. criados, consistiu o seu esforço em obter para si o serviço e lealdade
  27. deles. E, cobiçando a glória que o infinito Pai conferira a Seu Filho,
  28. este príncipe dos anjos aspirou ao poder que era a prerrogativa de
  29. Cristo apenas.
  30. Quebrantou-se então a perfeita harmonia do Céu. A disposição
  31. de Lúcifer para servir a si em vez de ao Criador, suscitou um sentimento
  32. de apreensão ao ser observada por aqueles que consideravam
  33. dever a glória de Deus ser suprema. No conselho celestial os anjos
  34. insistiam com Lúcifer. O Filho de Deus apresentou perante ele a
  35. grandeza, a bondade e a justiça do Criador, e a natureza imutável,
  36. sagrada de Sua lei. O próprio Deus estabelecera a ordem do Céu;
  37. e, desviando-se dela, Lúcifer desonraria ao seu Criador, e traria a
  38. ruína sobre si. Mas a advertência, feita com amor e misericórdia
  39. infinitos, apenas despertou espírito de resistência. Lúcifer consentiu
  40. 10 Patriarcas e Profetas
  41. que prevalecessem seus sentimentos de inveja para com Cristo, e se
  42. tornou mais decidido.
  43. Disputar a supremacia do Filho de Deus, desafiando assim a
  44. sabedoria e o amor do Criador, tornara-se o propósito desse príncipe
  45. dos anjos. Para tal objetivo estava ele a ponto de aplicar as energias
  46. daquela mente superior, que, abaixo da de Cristo, era a primeira dentre
  47. os exércitos de Deus. Mas Aquele que queria livres as vontades
  48. de todas as Suas criaturas, a ninguém deixou desprevenido quanto
  49. ao sofisma desconcertante por meio do qual a rebelião procuraria
  50. justificar-se. Antes que se iniciasse a grande luta, todos deveriam ter
  51. uma apresentação clara a respeito da vontade dAquele cuja sabedoria
  52. e bondade eram a fonte de toda a sua alegria.
  53. O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele,
  54. para, em sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho,
  55. e mostrar a relação que Este mantinha para com todos os seres
  56. criados. O Filho de Deus partilhava do trono do Pai, e a glória do
  57. Ser eterno, existente por Si mesmo, rodeava a ambos. Em redor do
  58. trono reuniam-se os santos anjos, em uma multidão vasta, inumerável
  59. — “milhões de milhões, e milhares de milhares” (Apocalipse
  60. 5:11), estando os mais exaltados anjos, como ministros e súditos, a
  61. regozijar-se na luz que, da presença da Divindade, caía sobre eles.
  62. Perante os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém,
  63. a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente
  64. em Seus propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos
  65. de Sua vontade. O Filho de Deus executara a vontade do
  66. Pai na criação de todos os exércitos do Céu; e a Ele, bem como a
  67. Deus, eram devidas as homenagens e fidelidade daqueles. Cristo ia
  68. ainda exercer o poder divino na criação da Terra e de seus habitantes.
  69. Em tudo isto, porém, não procuraria poder ou exaltação para Si
  70. mesmo, contrários ao plano de Deus, mas exaltaria a glória do Pai, e
  71. executaria Seus propósitos de beneficência e amor.
  72. Os anjos alegremente reconheceram a supremacia de Cristo, e,
  73. prostrando-se diante dEle, extravasaram seu amor e adoração. Lú-
  74. [11] cifer curvou-se com eles; mas em seu coração havia um conflito
  75. estranho, violento. A verdade, a justiça e a lealdade estavam a lutar
  76. contra a inveja e o ciúme. A influência dos santos anjos pareceu por
  77. algum tempo levá-lo com eles. Ao ascenderem os cânticos de louvores,
  78. em melodiosos acordes, avolumados por milhares de alegres

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